O antigo Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, diz que foi Deus quem tomou a decisão, referindo-se à decisão do Supremo Tribunal norte-americano que revogou esta sexta-feira o direito constitucional ao aborto.
Numa entrevista à Fox News, Trump foi questionado sobre o papel que desempenhou neste desfecho. Enquanto esteve na Casa Branca, nomeou três juízes que asseguram a maioria conservadora no Supremo Tribunal.
O ex-Presidente diz que a Constituição está agora a ser seguida e que vão ser devolvidos direitos que há muito deviam ter sido concedidos aos norte-americanos.
Decisão histórica nos EUA
O Supremo Tribunal dos EUA revogou o direito constitucional ao aborto, que existia no país desde 1973.
Esta decisão, tomada pela maioria dos juízes conservadores – com seis votos a favor e três contra -, não torna ilegais as interrupções da gravidez, mas deixa a regulamentação do aborto na tutela dos Estados, dos quais 13 têm leis destinadas a proibir a interrupção voluntária da gravidez de forma imediata, na sequência desta decisão.
O direito ao aborto foi estabelecido no caso histórico de 1973, conhecido como ‘Roe v. Wade’, em que foi decidido que as mulheres grávidas têm o direito constitucional de interromper a gravidez até ao ponto de viabilidade fetal, ou seja, a partir do momento em que o feto pode sobreviver fora do útero, que ocorre geralmente em torno das 24 semanas de gestação, mas o entendimento varia de Estado para Estado.
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