O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, considerou um “resultado convincente e decisivo” o voto de confiança esta segunda-feira de 59% do grupo parlamentar do Partido Conservador, desvalorizando os 41% de votos contra.
“O que significa como Governo é que podemos seguir em frente focando naquilo que realmente interessa às pessoas“, afirmou numa entrevista transmitida pela estação Sky News.
Questionado sobre como o resultado se compara com moções de censura anteriores a primeiros-ministros conservadores, minimizou o facto de ter recebido mais votos contra do que a antecessora Theresa May em 2018.
“O que precisamos agora é de nos unir como país e como partido” vincou, atribuindo a polémica atual à cobertura mediática e rejeitando planos para eleições legislativas antecipadas.
Johnson resistiu esta segunda-feira a uma moção de censura interna no partido Conservador ao conseguir o voto de confiança de 211 deputados, equivalentes a 59% do total grupo parlamentar de 359.
Porém, analistas consideram que os 148 (41%) que manifestaram ter perdido a confiança no líder dos tories refletem a polarização no partido do Governo e põem em causa a autoridade do chefe do Executivo.
Os 148 votos contra são superiores à insurgência de 117 deputados (37%) que enfrentou em 2018 Theresa May, que se manteve em funções por mais seis meses, mas acabou por demitir-se, abrindo o caminho à eleição de Boris Johnson para líder dos Conservadores.