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Fome no mundo: Abdia e Ebla morreram pouco tempo depois de nascer 

Sem ajuda, mães não conseguem alimentar os filhos. 

Com o mundo de olhos postos na Ucrânia, as organizações humanitárias que atuam no Médio Oriente e em África pedem ajuda urgente. 

A ONU prevê que este ano mais de um milhão de crianças no Afeganistão venham a sofrer de malnutrição severa. Da Somália continuam a chegar relatos de crianças que morrem à fome. 

Debaixo de dois montes de terra estão os corpos das gémeas Abdia e Ebla. Não sobreviveram mais do que um dia. Nasceram um mês antes do previsto, oito semanas depois de a família ter chegado, exausta, a um campo para deslocados. 

Todos os que lá vivem estão entre os mais de seis milhões de somalis que precisam de ajuda para sobreviver. 

A tentar fazer frente a sucessivas crises, as organizações humanitárias no terreno pedem ajuda. Também do Afeganistão chegam apelos.  

A UNICEF prevê que este ano mais de um milhão de crianças com menos de cinco anos sofram de malnutrição severa: a forma mais grave da doença, em que o corpo está tão fraco que nem sequer consegue absorver os nutrientes.  

Depois de os Talibã terem chegado ao poder, em agosto do ano passado, as Nações Unidas e outras organizações humanitárias lançaram um programa de ajuda de emergência que alimentou milhões de pessoas.    

Mas a situação piora dia após dia. No final do ano passado, metade da população vivia abaixo do limiar da pobreza. Os afegãos enfrentam uma das piores secas em décadas, os preços continuam a subir, por causa da guerra na Ucrânia, e a ONU diz que as promessas de financiamento internacional até agora não estão a ser cumpridas.  

Se nada for feito, as Nações Unidas estimam que a grave crise económica arraste toda a população para a pobreza extrema. 

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