Dois anos após a morte de George Floyd às mãos da polícia norte-americana, os protestos voltam às ruas da cidade de Minneapolis, no Minnesota, para exigir respostas e mudanças na lei para combater as raízes do racismo desenfreado no país.
Em St Paul, os manifestantes reuniram-se à porta da residência do governador do Minnesota para assinalar o segundo aniversário da morte de George Floyd.
Centenas de pessoas marcharam contra o racismo e a violência policial, que continua a ser endémica em muitos serviços públicos norte-americanos, de acordo com um relatório divulgado no mês passado pelo departamento dos direitos humanos do Minnesota.
O protesto seguiu para a rua onde Floyd foi morto por um polícia branco, à porta de uma loja de conveniência, em 2020.
Uma manifestante criticou o presidente da Câmara de Minneapolis, Jacob Frey, de inação perante a morte de homens negros pelas mãos da polícia na cidade.
“Podemos dizer que nada está a ser feito para impedir que estas coisas aconteçam. Temos o presidente da Câmara Frey em Minneapolis, que chorará no funeral de George Floyd, mas não fará nada para garantir que não poderiam terminar o ano de 2020 sem matarem outro homem negro”, destacou.
As estatísticas oficiais indicam que a taxa de desemprego dos afro-americanos no Minnesota foi duas vezes superiores à dos brancos americanos, enquanto o rendimento médio das famílias negras era inferior a metade das famílias brancas.
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