Nos Estados Unidos, intensificam-se as manifestações contra e a favor de uma eventual mudança na lei que determina o direito ao aborto. Apesar de ainda faltarem algumas semanas para a decisão do Supremo Tribunal, a pressão política e da opinião pública sobre os juízes aumenta a cada dia.
Trabalharam durante a noite, mas não conseguiram evitar as câmaras dos repórteres. Em poucas horas, ficou instalada uma barreira de metal em torno do Supremo Tribunal dos Estados Unidos.
O objetivo é claro: controlar eventuais manifestações que possam começar a ser organizadas demasiado perto da mais alta instância judicial da América.
Em várias cidades intensificam-se os protestos a favor e contra a mudança da lei do direito ao aborto.
Também no campo político, aumentam de tom às críticas e à pressão, sobretudo do lado democrata. Depois de Joe Biden, de Kamala Harris e de vários membros do governo, agora foi a vez da presidente da câmara dos representantes, Nancy Pelosi, se pronunciar sobre a possibilidade da lei vir a ser mudada nos Estados Unidos.
O Supremo Tribunal deverá tomar uma decisão final em junho.
Na Califórnia, as autoridades locais querem tornar o direito ao aborto uma garantia constitucional do estado para, assim, poderem contornar uma eventual alteração da lei.
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