A vice-presidente dos Estados Unidos, Kamala Harris, denunciou esta quarta-feira a possibilidade de deixar de ser possível uma mulher fazer um aborto como ataque à liberdade individual. É mais uma voz de peso contra uma posição do Supremo Tribunal que se junta a muitas outras de anónimos.
Esta semana, foi divulgado de um projeto do Supremo, assinado pelo juiz Samuel Alito, que indica que uma maioria dos magistrados é favorável à revogação da norma que protege o direito ao aborto.
Em 1973, uma decisão histórica do Supremo passou a permitir a interrupção voluntária de uma gravidez. O processo opôs a grávida – sob pseudónimo – Jane Roe ao procurador Henry Wade, do Texas. Roe v. Wade tornou-se no ponto de viragem, com o Supremo a decidir a favor do direito da mulher à privacidade e, portanto, ao aborto.
Treze dos 50 estados aprovaram já leis que permitam contornar uma eventual reversão do Roe v. Wade.
O Supremo Tribunal deverá tomar decisão final em junho, quatro meses antes de eleições intercalares para o Congresso.