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Israel testa com sucesso novo sistema laser de defesa antimísseis

O objetivo é instalar sistemas laser em redor das fronteiras de Israel durante a próxima década.

O novo sistema laser de defesa antimísseis de Israel intercetou com sucesso morteiros, foguetes e mísseis antitanque em testes recentes, divulgou esta quinta-feira o ministro da Defesa israelita, Benny Gantz.

O sistema laser de fabrico israelita, concebido para complementar uma série de sistemas de defesa aérea como o dispendioso Iron Dome (“Cúpula de Ferro”, em inglês), vai estar operacional “o mais rapidamente possível”, segundo Gantz.

O objetivo é instalar sistemas laser em redor das fronteiras de Israel durante a próxima década, apontou o responsável.

Os testes realizaram-se no mês passado no deserto de Neguev.

O primeiro-ministro israelita, Naftali Bennett, disse em fevereiro que o país ia começar a utilizar o sistema dentro de um ano, numa mensagem enviada ao arqui-inimigo Irão.

O Estado hebreu desenvolveu ou implementou uma série de sistemas destinados a intercetar desde mísseis de longo alcance a foguetes lançados a apenas alguns quilómetros de distância, além de equipar os seus tanques com um sistema de defesa antimísseis.

Não são conhecidos pormenores sobre a eficácia do novo sistema laser, mas espera-se que seja implementado em terra, ar e mar.

O anúncio ocorre perto do aniversário da guerra de 11 dias entre Israel e Gaza, na qual o Hamas, que controla a Faixa de Gaza, disparou mais de 4.000 foguetes contra Israel.

Jerusalém disse que o seu sistema de defesa Iron Dome tem sido um grande sucesso, com uma taxa de interceção de 90% dos foguetes disparados. Porém, responsáveis afirmam que o sistema é dispendioso e a nova defesa a laser será muito mais rentável.

O Ministério da Defesa divulgou um pequeno vídeo que mostrava o que diziam ser interceções bem sucedidas de foguetes, morteiros e um drone [veículo aéreo não-tripulado]. A gravação, fortemente editada, parecia mostrar um raio laser a sair de uma estação terrestre, atingindo os alvos e desfazendo-os em pequenos pedaços.

O anúncio desta quinta-feira chega numa altura em que as conversações sobre a restauração do acordo nuclear com o Irão estagnaram.

Israel opõe-se ao documento, argumentando que não faz o suficiente para travar o programa nuclear iraniano ou as suas atividades militares em toda a região, e as autoridades israelitas disseram que farão unilateralmente tudo o que for necessário para proteger o país.

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