Li Jingwei tinha quatro anos quando foi levado da aldeia onde morava por um homem, no sudoeste da província de Yunnan, em 1988.
Mais tarde, a criança foi entregue a um família de Henan, a cerca de dois mil quilómetros de Yunnan. Li Jingwei sabia que tinha sido raptado, mas não sabia como voltar a casa. Com o passar do tempo, esqueceu-se do seu nome de nascimento e dos nomes dos pais biológicos. Também não se lembrava do nome da aldeia onde tinha vivido nos primeiros quatro anos de vida.
Foi no verão de 2021 que Li Jingwei decidiu fazer alguma coisa para tentar reencontrar a família biológica.
Depois de ter visto a história de Guo Xinzhen, que reencontrou os pais mais de 20 anos depois de ser raptado, sentiu de novo esperança.
Li Jingwei passou para papel todas as memórias que tinha de quando vivia na província de Yunnan.
Desenhou as árvores, as vacas a pastar, os rios e os arrozais que existiam na aldeia. De seguida, tirou uma fotografia ao desenho e partilhou nas redes sociais. A imagem foi tantas vezes partilhada que, de alguma forma, chegou ao Ministério de Segurança Pública da China.
Após meses de investigação, as autoridades chinesas afirmavam ter encontrado uma mulher que poderia ser a mãe de Li Jingwei. O passo seguinte foi a realização de um teste de ADN que confirmou as suspeitas das autoridades.
No dia 1 de janeiro, Li e a mãe tiveram o tão esperado reencontro. Um vídeo partilhado nas redes sociais mostra o momento emocionante em que ambos se abraçam após 34 anos separados.