O Palácio de Buckingham reagiu esta terça-feira à entrevista dada pelo príncipe Harry e por Meghan Markle. Garantiu que as alegações de racismo estão a ser levadas "muito a sério".
Num comunicado em nome da Rainha, diz que toda a família real britânica está triste com as revelações que foram feitas. Acrescenta também que os temas que foram falados na entrevista levantam preocupação e que vão ser tratados de forma privada.
"A família inteira fica triste ao saber de como os últimos anos foram difíceis para Harry e Meghan. As questões levantadas, principalmente as de racismo, são preocupantes. Embora as memórias possam variar, são levadas muito a sério e serão tratadas pela família em privado", lê-se no comunicado.
O comunicado diz ainda que Harry, Meghan e Archie continuam a ser membros "muito queridos" da família real.
A entrevista
As inconfidências de Meghan Markle e do príncipe Harry na entrevista a Oprah Winfrey, uma das apresentadoras mais famosas do mundo, caíram como uma bomba no Reino Unido, pintando um retrato sombrio da monarquia britânica, alvo de acusações que vão de insensibilidade até racismo.
Meghan Markle contou que o seu marido lhe revelou que alguns membros da família real estavam preocupados com a cor de pele que o seu bebé teria quando estava grávida de Archie, que completa dois anos em maio.
A duquesa de Sussex disse também que o Palácio de Buckingham se recusou a conceder proteção à criança e que os membros da instituição consideraram que Archie não devia receber um título de nobreza, embora seja essa a tradição.
Já o duque de Sussex, Harry, lamentou que a família real não tivesse tomado uma posição pública contra o que ele via como cobertura racista por parte de alguma imprensa britânica.
A duquesa de Sussex disse ter tido pensamentos suicidas enquanto vivia com a família real britânica e que não recebeu qualquer apoio psicológico apesar dos repetidos pedidos.
"Eu simplesmente não queria mais viver. E esses foram pensamentos constantes, aterradores, reais e muito claros", disse Meghan Markle, culpando a cobertura agressiva dos 'media' britânicos pelo seu estado psicológico.
A norte-americana salientou que se dirigiu aos membros da instituição real para pedir ajuda e discutiu a possibilidade de tratamento médico: "foi-me dito que não podia, que não seria bom para a instituição".