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Ministro da Saúde espanhol abandona Governo para ser candidato socialista a eleições catalãs

Últimas sondagens apontam que poderá ser o mais votado.

Susana Vera

Lusa

O ministro da Saúde espanhol, Salvador Illa, vai abandonar o lugar na terça-feira para ser o cabeça de lista dos socialistas espanhóis às eleições regionais na Catalunha, dando as últimas sondagens indicações que poderá ser o mais votado.

"O ministro da Saúde, Salvador Illa, inicia hoje as suas últimas 24 horas à frente do ministério. Ele vai participar no seu último Conselho de Ministros de terça-feira e o seu substituto será anunciada" nesse dia, declarou esta segunda-feira o executivo liderado por Pedro Sánchez num comunicado.

A saída de Salvador Illa do Governo era conhecida desde o final de dezembro último, mas o executivo ainda não tinha anunciado a data exata.

Segundo a imprensa espanhola, o seu substituto deverá ser a ministra da Política Territorial e Função Pública, Carolina Darias.

Salvador Illa

Salvador Illa é um catalão de 54 anos que se tornou muito conhecido devido à gestão feita na luta contra a pandemia de covid-19.

Depois de um ano no Governo de Sánchez, Illa será assim o candidato do PSC (Partido Socialista da Catalunha) nas próximas eleições regionais na Catalunha (nordeste do país) em 14 de março próximo, depois de os tribunais terem anulado a decisão do governo regional de adiá-las até ao final de maio devido à pandemia.

De acordo com as últimas sondagens, o PSC com Salvador Illa como cabeça de lista poderia ser o partido mais votado na consulta eleitoral, à frente das formações separatistas que atualmente governam a região.

Covid-19 dispara em Espanha

O catalão abandona o Governo central numa altura em que a pandemia alcança níveis recorde em Espanha, que já é um dos países mais atingidos pela doença na Europa, com mais de 55.000 mortos.

As eleições antecipadas na comunidade autónoma da Catalunha foram marcadas devido à inabilitação, decretada pelo poder judicial em setembro passado, do último presidente regional, o independentista Quim Torra, condenado por se ter recusado a retirar uma faixa com conteúdo separatista da fachada da sede do governo regional durante a campanha para as eleições parlamentares nacionais de abril de 2019.

Torra assumiu a presidência da região nas eleições, assim como estas antecipadas, de dezembro de 2017, depois da tentativa falhada de autodeterminação da Catalunha em 1 de outubro do mesmo ano, que terminou com a fuga para a Bélgica do presidente anterior, Carles Puigdemont.

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