A sonda Solar Orbiter da ESA, lançada a 10 de fevereiro de 2020, fez a sua primeira aproximação ao Sol em meados de junho, captando imagens únicas da nossa estrela. Nunca o Sol tinha sido fotografado tão de perto.
É o engenho fabricado pelo Homem que mais se aproximou do Sol, depois da norte-americana Parker Solar Probe da NASA. Não havia outra imagem do Sol tirada de tão perto o que já permitiu aos astrónomos descobrir novos e interessantes fenómenos.
“Estas são apenas as primeiras imagens e já podemos ver novos fenómenos interessantes,” diz Daniel Müller, Cientista do Projeto Solar Orbiter da ESA em comunicado de imprensa. “Não esperávamos resultados tão bons logo ao início".
A grande fogueira que é o Sol tem pequenas fogueiras
As fogueiras do Sol foram captadas pelo Extreme Ultraviolet Imager (EUI) quando a Solar Orbiter estava no ponto da sua órbita elíptica mais próximo do Sol. Naquele momento, a sonda estava a apenas 77 milhões de quilómetros do Sol, cerca da metade da distância entre a Terra e a nossa estrela.
“As fogueiras são os parentes mais novos das explosões solares que podemos observar a partir da Terra, milhões ou milhares de milhões de vezes menores,” diz David Berghmans, do Observatório Real da Bélgica (ROB).
David Berghman é o Investigador Principal do Instrumento EUI, que capta imagens de alta resolução das camadas inferiores da atmosfera do Sol, conhecida como coroa solar.
“O Sol pode parecer pacífico à primeira vista, mas quando olhamos em detalhe, podemos ver essas labaredas em miniatura em todos os lugares.”
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