Mundo

NATO reúne-se de emergência devido à tensão no Médio Oriente

Encontro está marcado para esta segunda-feira.

Nasser Nasser

SIC Notícias

Lusa

Os embaixadores da NATO reúnem-se esta segunda-feira de urgência em Bruxelas para discuturem a tensão que persiste entre os Estados Unidos e o Irão.

A reunião extraordinária acontece depois da NATO ter suspendido as operações de treino no Iraque, devido à morte do general iraniano. Qassem Soleimani morreu sexta-feira num ataque aéreo contra o aeroporto internacional de Bagdad que o Pentágono declarou ter sido ordenado pelo Presidente dos Estados Unidos.

No mesmo ataque morreu também o 'número dois' da coligação de grupos paramilitares pró-iranianos no Iraque, Abu Mehdi al-Muhandis, conhecida como Mobilização Popular, além de outras seis pessoas.

O ataque ocorreu três dias depois de um assalto inédito à embaixada norte-americana que durou dois dias e apenas terminou quando Trump anunciou o envio de mais 750 soldados para o Médio Oriente.

O ataque já suscitou várias reações, tendo quatro dos cinco membros permanentes do Conselho de Segurança das Nações Unidas -- Rússia, França, Reino Unido e China - alertado para o inevitável aumento das tensões na região e pedem as partes envolvidas que reduzam a tensão.

O quinto membro permanente do Conselho de Segurança da ONU são os Estados Unidos.No Irão, o sentimento é de vingança, com o Presidente e os Guardas da Revolução a garantirem que o país e "outras nações livres da região" vão vingar-se dos Estados Unidos.

Também o líder supremo do Irão, o ayatollah Ali Khamenei, prometeu vingar a morte do general e declarou três dias de luto nacional, enquanto o chefe da diplomacia considerou que a morte como "um ato de terrorismo internacional".

A resposta do Irão ao ataque dos EUA

Uma base militar usada pelos Estados Unidos no Quénia foi este domingo atacada pelo grupo jihadista Al-Shabab, com ligações à Al-Qaeda. As autoridades quenianas dizem ter travado a ofensiva e abatido quatro atacantes.

Também na sequência da morte do general Soleimani, um grupo - que alega ser iraniano - pirateou o site de uma pequena agência federal norte-americana e deixou mensagens de vingança.

Últimas