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Combates em Trípoli atingem centro de detenção com migrantes

As tropas do Governo de Trípoli e forças leais ao marechal Khalifa Haftar são as forças que combatem pela conquista da capital da Líbia.

Ahmed Jadallah / Reuters

A Organização das Nações Unidas (ONU) alertou hoje que os combates em Trípoli, capital da Líbia, atingiram um centro de detenção que mantém centenas de migrantes e refugiados.

Stéphane Dujarric, porta-voz do secretário-geral da ONU, indicou na terça-feira que a agência de ajuda das Nações Unidas recebeu relatos de que o centro de detenção de Qasr Ben Ghashir, com cerca de 890 refugiados e migrantes, foi "violado por pessoas armadas".

A instalação fica a 20 quilómetros a sul do centro de Tripoli.

De acordo com a ONU, cerca de 3.600 refugiados e migrantes estão detidos em instalações próximas às linhas da frente dos combates entre tropas do Governo de Trípoli e forças leais ao marechal Khalifa Haftar.

Pelo menos 264 pessoas morreram e 1.266 ficaram feridas desde o início da ofensiva do Exército Nacional Líbio do marechal Khalifa Haftar para conquistar Trípoli, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS).

A Líbia tem sido vítima do caos e da guerra civil desde que, em 2011, a comunidade internacional contribuiu militarmente para a vitória dos diferentes grupos rebeldes sobre a ditadura de Muammar Khadafi (entre 1969 e 2011).

Os combates opõem as forças do Governo de Acordo Nacional, reconhecido pela comunidade internacional, ao Exército Nacional Líbio proclamado pelo marechal Haftar, homem forte do leste líbio que quer ocupar a capital do país.

Haftar ordenou, em 04 de abril, a conquista de Tripoli, onde se encontrava na altura o secretário-geral da ONU, António Guterres, no âmbito de uma visita ao país.

Lusa

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