A duas caixas negras do avião que ontem se despenhou mal levantou voo de Adis Abeba foram encontradas no local, confirma a Ethiopian Airlines.
Tanto o gravador do cockpit, como o gravador dos dados técnicos de voo foram recuperados e vão agora para análise.
Um responsável da aviação, citado pela agência Associated Press sob anonimato, adiantou, no entanto, que as caixas ficaram parcialmente destruídas.
"Vamos ver o que conseguimos, o que será possível recuperar", disse.
O Boeing 737 MAX 8 fazia a ligação entre Adis Abeba e Nairobi. Seis minutos após a descolagem despenhou-se, matando todas as 157 pessoas a bordo.
Este é o segundo acidente envolvendo um Boeing 737 MAX 8. O primeiro ocorreu ao largo da costa da Indonésia, em circunstâncias semelhantes, em 29 de dezembro, e resultou também na morte de todos os ocupantes.
Boeing 737 MAX8 imobilizados por várias companhias aéreas
Apesar de não serem conhecidas ainda as causas do acidente, a Ethiopian Airlines anunciou ter imobilizado todos os seus Boeing 737 MAX 8.
Também as autoridades de aviação da China, Mongólia e da Indonésia anunciaram a suspensão de todos os voos com aparelhos Boeing 737 MAX 8.
A Administração da Aviação Civil da China esclareceu que a ordem se deve a preocupações com a segurança, já que se trata do segundo acidente com aquele modelo no espaço de cerca de dois meses.
A Indonésia, onde há 11 destes aparelhos em operação por duas companhias, informou estar a fazer inspeções nos aparelhos para assegurar que estão em condições de voar.
Identidades de algumas das vítimas
O Boeing levava a bordo 157 pessoas de 35 nacionalidades diferentes.
Três médicos austríacos, o cofundador de uma organização humanitária, um embaixador, a mulher e o filho de um deputado Eslovaco ou um professor universitário canadiano nascido na Nigéria são algumas das vítimas da queda do avião.
O Ministério dos Negócios Estrangeiros alemão confirmou que seguiam a bordo cinco cidadãos alemães, incluindo uma funcionária da agência das Nações Unidas para as migrações.
As autoridades chinesas confirmaram a existência de oito cidadãos chineses no avião, entre os quais dois trabalhadores das Nações Unidas.