A primeira bomba explodiu à entrada da catedral de Jolo durante uma missa dominical, seguida de uma segunda explosão fora do complexo, explicaram as autoridades.Entre os mortos e feridos estão soldados e civis, informou, chefe da Polícia Nacional das Filipinas, Oscar Albayalde.
"Direcionei a nossas tropas para aumentar o seu nível de alerta, proteger todos os lugares de culto e lugares públicos e vamos niciar medidas de segurança pró-ativas para impedir planos hostis", apontou o secretário de Defesa, Delfin Lorenzana, em um comunicado.A ilha de Jolo há muito tem sido perturbada pela presença de militantes de Abu Sayyaf, que estão na lista negra dos Estados Unidos e das Filipinas como uma organização terrorista.
O ataque ainda não foi reivindicado, contudo as autoridades suspeitam do grupo extremista Abu Sayyaf, um grupo islâmico que prometeu lealdade ao Estado islâmico.Fundado em 1991 por alguns ex-combatentes da guerra do Afeganistão contra a antiga União Soviética, são atribuídos ao Abu Sayyaf alguns dos mais sangrentos atentados dos últimos anos nas Filipinas e vários sequestros com os quais se financia.
O grupo foi responsabilizado pelo pior ataque terrorista no país, quando uma explosão e incêndio a bordo de um ferry, ao largo de Manila, causou a morte de mais de 100 pessoas.
O ataque de hoje acontece uma semana depois de mais de dois milhões de filipinos da comunidade de maioria muçulmana no sul do país, onde se inclui a ilha de Jolo, terem sido chamados a participar num referendo para tornar esta região mais autónoma, como solução para acabar com cinco décadas de conflito.
Lusa