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EUA anunciam conversações de paz para o Iémen no início de dezembro na Suécia

Os Estados Unidos anunciaram esta quarta-feira que as conversações de paz para o Iémen vão decorrer no início de dezembro na Suécia, após a deslocação do emissário da ONU a Sanaa e enquanto prosseguem os combates na cidade de Hodeida.

Secretário da defesa norte-americano, Jim Mattis
Joshua Roberts

As conservações entre o governo iemenita, apoiado por uma coligação militar liderada pela Arábia Saudita, e os rebeldes Huthis, apoiados pelo Irão, vão decorrer "no início de dezembro" na Suécia, anunciou o secretário da defesa norte-americano, Jim Mattis.

A Arábia Saudita e os Emirados Árabes Unidos, a segunda força da coligação, "estão muito empenhados" nestas negociações, assegurou aos jornalistas no Pentágono.

Este anúncio surgiu pouco após a chegada do emissário da ONU, Martin Griffiths, à capital iemenita Sanaa, controlada pelos rebeldes.

O Iémen está praticamente dividido entre as forças pró-governamentais que controlam o sul e parte do centro do país, enquanto os rebeldes controlam Sanaa a vastas regiões do oeste, incluindo a estratégica cidade de Hodeida.

Em prol dos esforços de paz, os Huthis declararam-se dispostos a uma cessação das hostilidades se a coligação internacional dirigida pela Arábia Saudita e que intervém em apoio ao governo do Presidente Abd Rabbo Mansur Hadi acabar com os ataques.

O governo de Hadi já anunciou a participação nas consultas de paz.Entretanto prossegue a batalha por Hodeida, por onde passa 75% da ajuda humanitária e das importações do Iémen.

A cidade junto ao mar Vermelho viveu uma segunda noite de combates, segundo um jornalista da AFP e habitantes.O centro de reflexão International Crisis Group (ICG), com sede em Bruxelas, considera num estudo divulgado hoje que a comunidade internacional se encontra perante um dilema em relação a Hodeida.

"A escolha é difícil, mas simples: impedir uma batalha destruidora para Hodeida ou assumir uma parte da responsabilidade, por inação, numa fome em massa" no Iémen, indicam os autores do relatório.Segundo o ICG, a comunidade internacional deveria "não apenas escolher a primeira (opção), mas também agir rapidamente para acabar com o cerco de Hodeida".

A guerra no Iémen, desencadeada em 2014, já causou mais de 10.000 mortos e a pior crise humanitária do mundo, segundo a ONU.

Lusa

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