"Ela não voltará a apresentar-se à presidência do partido", disse a fonte, sob anonimato, confirmando uma informação que foi publicada na revista Der Spiegel e no jornal Handelsblatt.
De acordo com a agência de notícias espanhola EFE, Angela Merkel anunciou hoje a sua decisão diante da direção do partido, um dia depois das eleições regionais em Hesse, onde os partidos da grande coligação sofreram grandes perdas.
Um dia depois das eleições e o pior resultado deste a II Guerra Mundial
Nesta nova semana depois das eleições regionais, a chanceler Angela Merkel e parceiros de coligação precisam ponderar as implicações da eleição regional alemã na qual os eleitores puniram os partidos do governo por meses de disputas internas.
A eleição de domingo no estado central de Hesse viu tanto a conservadora União Democrata Cristã, de Merkel, quanto os social-democratas de centro-esquerda perderem terreno, enquanto houve ganhos para os Verdes e para a alternativa de extrema-direita para a Alemanha.
A CDU de Merkel acabou por conseguir salvar a maioria da sua coligação de governo regional com os Verdes. Hoje, a atenção está voltada para o futuro da "grande coligação" nacional de Merkel, dos maiores partidos tradicionais da Alemanha e da própria chanceler.
O exemplo de Hesse
Era 16º parlamento regional onde o 'Alternativ für Deutschland' queria entrar e o único que faltava para marcar presença em todos os Estados federados da Alemanha.
A líder dos social-democratas, Andrea Nahles, exigiu no domingo um "cronograma claro e vinculativo" para a concretização de projetos do governo antes que a coligação enfrente a revisão intermédia já acordada para o próximo outono.
A CDU de Merkel conseguiu 27% dos votos no domingo e os social-democratas 19,8 %.
Na última eleição em Hesse, em 2013, no mesmo dia que Merkel, no auge de seu poder, ganhou um terceiro mandato como chanceler, os resultados foram 38,3 e 30,7%, respetivamente.
Foi o pior resultado na região para os social-democratas desde a Segunda Guerra Mundial.