Mundo

UE vai debater crise na Venezuela na segunda-feira, anuncia Federica Mogherini 

Os ministros dos Negócios Estrangeiros da União Europeia (UE) vão discutir a situação na Venezuela na segunda-feira, anunciou hoje a chefe da diplomacia europeia, Federica Mogherini, sublinhando "a urgência" de reabrir um diálogo político. "Temos, na segunda-feira, um conselho de Negócios Estrangeiros e eu vou apresentar algumas ideias sobre como a UE e os Estados-membros podem ajudar a reabrir o caminho para um diálogo político no país", disse Mogherini à imprensa em Lisboa.

Federica Mogherini termina hoje a visita a Portugal.
Jorge Oliveira/ SIC

"Temos todos as mesmas preocupações e temos todos um sentido de urgência de tentar reabrir essa perspetiva política para o país", acrescentou a Alta Representante para a Política Externa da EU.

Mogherini falava numa conferência de imprensa conjunta com o ministro dos Negócios Estrangeiros português, Augusto Santos Silva, a quem agradeceu a partilha do conhecimento que Portugal tem da situação na Venezuela.

"Ter podido discutir isto contigo hoje e com o primeiro-ministro [Notes:António Costa] ontem [Notes:segunda-feira] e também com o ministro espanhol, em Barcelona, é uma excelente preparação para esta discussão de segunda-feira", disse."Faremos o melhor uso possível do profundo conhecimento e compreensão que Portugal tem do país", acrescentou.

A Venezuela atravessa uma grave crise económica marcada por uma acentuada recessão, hiperinflação e escassez de alimentos, medicamentos e outros produtos básicos, o que provocou um êxodo maciço de venezuelanos.

O país vive igualmente uma crise política e de direitos humanos, com as organizações internacionais a denunciarem prisões políticas, execuções extrajudiciais, tortura, limitações à liberdade de expressão e de imprensa e julgamento de civis por tribunais militares.

A Comissão Europeia anunciou em junho um pacote de ajuda humanitária de emergência de 35,1 milhões de euros para o povo venezuelano e para os países vizinhos, que estão a acolher centenas de milhares de venezuelanos que fogem da crise no seu país.

A UE mantém ainda sanções contra 18 altos cargos venezuelanos por violações dos direitos humanos e atividades contrárias à democracia e ao Estado de direito, além do embargo a armas e um veto a material que possa ser utilizado para "repressão interna".

Lusa

Últimas