Alvaro Dias (Podemos)
Alvaro Dias é o candidato oficial do Podemos às eleições presidenciais brasileiras. Aos 73 anos, cumpre o quarto mandato consecutivo de senador do Estado do Paraná, tendo sido reeleito em 2014, com 77% dos votos.
Alvaro Dias é licenciado em História pela Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da Universidade Estadual de Londrina.
Ao longo da carreira política, ocupou cargos de vereador, deputado estadual, deputado federal e governador do Paraná.
No terceiro debate televiso entre seis dos 13 candidatos à presidência do Brasil, Alvaro Dias destacou a corrupção e as falhas do sistema brasileiro durante o discurso.
Cabo Daciolo (PSOL)
Cabo Daciolo foi eleito para a Câmara dos Deputados pelo PSOL com cerca de 49 mil votos, em 2014, mas no ano seguinte acabou expulso do partido por infidelidade partidária. Aos 42 anos, concorre à presidência da República pela primeira vez.
O deputado federal do Rio de Janeiro concorre às eleições pelo Patriota – antigo Partido Ecológico Nacional.
Em 2011 viu o nome nos jornais brasileiros por ter liderado uma greve de bombeiros no Rio de Janeiro. Os manifestantes ocuparam o quartel-general da corporação e acamparam nas escadarias da Alerj. A manifestação valeu a Daciolo 9 dias de prisão por “crime de incitamento e aliciamento a motim”.
Ciro Gomes (PDT)
Aos 60 anos, Ciro Gomes concorre pela terceira vez às eleições presidenciais do Brasil. A primeira vez foi em 1988 e a segunda em 2002.
Ao longo da campanha eleitoral, num dos discursos, Circo Gomes afirmou que está ao lado dos mais pobres e da classe média.
“Povo e classe média já pagaram demais. A classe média paga dobrado para viver no país e o Estado não devolve serviços de qualidade. Quem tem de pagar agora é o Governo e o mundo mais rico”
Em 1989 foi eleito governador do Ceará, cargo que ocupou durante um ano. Foi ainda ministro da Fazenda no Governo de Itamar Franco e ministro da Integração Nacional no Governo de Lula da Silva, de 2003 a 2006.
Em 37 anos de vida política já passou por sete partidos. Representa atualmente o PDT - Partido Democrático Trabalhista.
Fernando Haddad (PT)
No dia 1 de setembro, o Tribunal Superior Eleitoral rejeitou o pedido de candidatura presidencial de Luiz Inácio Lula da Silva. O homem escolhido pelo PT - Partido dos Trabalhadores - para substituir Lula da Silva é Fernando Haddad.
Aos 55 anos, o ex-prefeito de São Paulo tem a missão de conseguir angariar as intenções de voto que Lula detinha. Além disso, Haddad tem ainda de limpar o nome do partido, manchado pelas acusações de corrupção e lavagem de dinheiro.
No dia 25, o candidato subiu três pontos percentuais nas intenções de voto, alcançando os 22%.
Fernando Haddad é licenciado em Direito, tem um mestrado em Economia e um doutoramento em Filosofia. Antes de ingressar pela vida política trabalhou como analista de investimentos do Unibanco. Em julho 2005 assumiu a pasta da Educação no Governo.
Geraldo Alckmin (PSDB)
Geraldo Alckmin, de 65 anos, é o candidato do PSDB - Partido da Social Democracia Brasileira à Presidência da República. Alckmin iniciou a carreira política como vereador em 1972, em Pindamonhangaba. Quatro anos depois assumiu o cargo de prefeito. Foi ainda deputado estadual e deputado federal.
Em 2001, com a morte do governador Mário Covas, Alckmin assumiu o primeiro mandato como governador, neste caso de São Paulo. Em 2002, 2010 e 2014 voltou a ser eleito para o cargo.
Esta é a segunda vez que Alckmin participa na corrida ao Palácio do Planalto. Em 2006 foi candidato pelo PSDB mas acabou derrotado pelo ex-Presidente Lula da Silva.
No dia 16 de agosto, o atual Presidente do Brasil, Michel Temer, declarou total apoio a Alckmin, numa entrevista ao jornal Folha de São Paulo.
Guilherme Boulos (PSOL)
O PSOL – Partido Socialismo e Liberdade - tem o candidato mais novo das eleilões. Aos 36 anos, Guilherme Boulos participa pela primeira vez numas eleições presidenciais.
Guilherme Boulos é licenciado em Filosofia pela Universidade de São Paulo (USP), tem uma especialização em Psicologia Clínica pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) e um mestrado em Psiquiatria pela USP. É ainda professor e escritor.
Na política, integra a coordenação do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto e da Frente Povo Sem Medo. Boulos defende a legalização do aborto e a desmilitarização da polícia brasileira.
Henrique Meirelles (MDB)
O MDB – Movimento Democrático Brasileiro escolheu Henrique Meirelles, de 72 anos, para representá-lo nas eleições presidenciais.
Meirelles tem um currículo profissional maioritariamente preenchido pela área financeira. Estreou-se em 1974 no Banco de Boston, tornando-se presidente da instituição financeira no Brasil em 1984. Fez também parte do conselho da Harvard Kennedy School of Government e da Sloan School of Management do MIT, ambas no Estado norte-americano de Massachusetts.
Em 2002 assumiu a presidência do Banco Central, cargo que ocupou até 2010. Ex-ministro da Fazenda do Governo de Michel Temer, é a primeira vez que Meirelles se candidata à presidência da República.
Jair Bolsonaro (PSL)
Bolsonaro é, entre os candidatos, o nome de que mais se fala neste lado do Atlântico. O candidato do PSL – Partido Social Liberdade – tem estado envolvido em várias polémicas. Em menos de um ano já foi denunciado por racismo contra indígenas, refugiados, mulheres e a comunidade LGBT; acusado de ameaça de morte pela ex-mulher; e esfaqueado em plena ação de campanha eleitoral na cidade de Juiz de Fora, Minas Gerais.
No dia 21 de setembro, num vídeo partilhado no Facebook, o candidato garantiu aos apoiantes que estava a recuperar bem e que deixaria o hospital até ao final do mês.
Jair Bolsonaro, de 63 anos, foi eleito vereador do Rio de Janeiro em 1989 e em 1991 foi eleito deputado federal pela primeira vez.
Adorado por uns e odiado por outros, Bolsonaro tem sofrido duras críticas não só por ser considerado homofóbico, racista e machista mas também por defender a ditadura militar, regime que governou o Brasil entre 1964 e 1985.
As últimas sondagens apontavam Bolsonaro e Haddah como favoritos para uma segunda volta.
João Amoêdo (Novo)
Aos 55 anos, João Amoêdo é o candidato do Novo, partido que fundou em 2010. Em 2017 deixou a presidência do partido para se tornar pré-candidato à Presidência da República.
Durante anos dedicou-se ao setor bancário, foi vice-presidente do Unibanco, diretor executivo do BBA e ainda fez parte do conselho de administração do Itaú.
Amoêdo defende a privatização das empresas do Estado brasileiro. Na página oficial da candidatura, afirma que "quer construir um Brasil seguro, simples e livre, onde todos possam chegar lá. Um Brasil que coloque o interesse dos brasileiros e das próximas gerações em primeiro lugar, devolvendo poder ao cidadão".
João Goulart Filho (PPL)
O PPL – Partido Pátria Livre – oficializou a candidatura de João Goulart Filho no início de agosto, em São Paulo. Goulart foi deputado estadual pelo PDT do Rio Grande do Sul em 1982.
O candidato do PPL é filho do ex-Presidente João Goulart, cujo mandato foi interrompido por um golpe militar em abril de 1964.
José Maria Eymael (DC)
José Maria Eymael já é veterano nestas andanças, é a quinta vez que o ex-deputado federal entra na corrida ao Palácio Planalto, a primeira foi em 1985, voltou a candidatar-se em 1988, 1992 e 2012. Licenciado em Direito, o candidato do partido Democracia Cristã ingressou na vida política antes dos 25 anos.
O candidato de 78 anos é contra a privatização das empresas consideradas estratégicas e defende uma reformulação do sistema prisional brasileiro.
Marina Silva (Rede Sustentabilidade)
Marina Silva, de 60 anos, é candidata às presidenciais pelo partido Rede Sustentabilidade. É conhecida por apoiar causas como a defesa do meio ambiente. Já foi vereadora, deputada estadual e senadora.
De 2003 a 2008 ocupou o cargo de ministra do Meio Ambiente, do Governo de Lula da Silva. Em 2015 fundou o partido Rede Sustentabilidade.
Vera Lúcia (PSTU)
Vera Lúcia é a candidata do PSTU - Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado – para as eleições de outubro. Tem 50 anos e é licenciada em Ciências Sociais pela Universidade Federal de Sergipe. Em 1994 ajudou a fundar o PSTU e em 2004, 2008 e 2012 foi candidata à Prefeitura de Aracaju.
Segundo a BBC, é a candidata menos conhecida pelos eleitores.