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Os tweets de Trump pós-Cimeira do G7

Após a Cimeira do G7, no Canadá, o Presidente dos Estados Unidos começou a disparar tweets. Ao comércio justo Trump sugeriu uma nova nomenclatura: "comércio de idiotas caso não seja recíproco". Criticou Justin Trudeau, os membros da Nato e avisou: "A mudança está a chegar!".

Yves Herman

Depois de chamar "desonesto e fraco" ao anfitrião da Cimeira do G7, Donald Trump voltou à carga: "Depois, Justin faz-se de ofendido quando é confrontado!"

Trump reagia assim ao anúncio do Justin Trudeau sobre a aplicação de taxas de importação no valor de quase 11 mil milhões de euros aos Estados Unidos.

Considerou ainda que o comércio justo é "comércio de idiotas se não for recíproco".

E continuou: "Porque é que eu, enquanto Presidente dos Estados Unidos, devo continuar a permitir que os países continuem a obter enormes superavits comerciais, como têm há décadas, enquanto os nossos agricultores, trabalhadores e contribuintes têm um preço tão grande e injusto a pagar?".

(O superavit significa que o país exportou mais do que importou, logo o saldo da balança comercial é positivo.)

Trump criticou ainda os membros da NATO por pagarem menos que os Estados Unidos para manter a aliança ocidental:

"Os EUA pagam quase todo o custo da NATO - protegendo muitos desses mesmos países que nos roubam o comércio (pagam apenas uma fração do custo - e riem!". "A União Europeia tinha um superávit de US $ 151 biliões (mais de 128 mil milhões de euros) - deveria pagar muito mais por militares!", acrescentou.

O Presidente norte-americano escreveu também que "a Alemanha paga 1% (lentamente) do PIB para a NATO, enquanto paga 4% de um PIB muito maior". "Alguém acredita que isso faz sentido?", pergunta.

"Protegemos a Europa (o que é bom) com grandes perdas financeiras e, depois, somos injustamente espancados com o comércio. A mudança está a chegar!", avisou.

Num dos últimos tweets do dia (11 de junho) Donald Trump escreveu que não pode continuar a permitir que os seus amigos ou inimigos continuem em vantagem em termos comerciais. "O trabalhador americano primeiro!".

Foi uma cimeira tensa no Canadá. Os EUA foram os únicos a não subscrever o texto comunicado final da cimeira, apesar de o terem assinado.

O fotógrafo da chanceler alemã captou um dos momentos de tensão entre os líderes do G7, neste caso, Trump e Merkel.

Numa entrevista à televisão alemã ARD, Angela Merkel, disse ter achado "deprimente" a forma como Donald Trump se desassociou do comunicado da cimeira do G7.

O comunicado destaca a necessidade de um comércio "livre, justo e mutuamento benéfico" e a importância de combate ao protecionismo.

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