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Norte-americano assassinado na Nicarágua durante protestos contra Daniel Ortega

Um cidadão norte-americano e dois nicaraguenses morreram hoje, em Manágua, durante protestos violentos contra o governo do presidente Daniel Ortega, revelou a embaixada dos Estados Unidos da América (EUA) neste país da América Central.

Oswaldo Rivas/ Reuters

A informação foi confirmada por ativistas de direitos humanos e testemunhas, garante a agência France Press (AFP). O americano de 48 anos terá sido morto a tiro por um dos grupos armados pró-governo que operam na capital da Nicarágua, mas a polícia local atribuiu o assassínio a "grupos de delinquentes".

O embaixador dos EUA em Manágua confirmou a morte de Sixto Henry Viera, de 48 anos. "A morte de um cidadão americano é uma grande preocupação para a embaixada", escreveu a diplomata Laura Dogu no Twitter.

Para Álvaro Leiva, presidente da Associação Nicaraguense para a Proteção dos Direitos Humanos (ANPD), Viera parece ter sido morto por apoiantes do governo de Daniel Ortega, que supostamente perseguiram o seu veículo na parte leste de Manágua.

"Temos informações de que é um cidadão americano que foi baleado e assassinado", disse Leiva à AFP. Dois cidadãos nicaraguenses terão também morrido na sequência de protestos, relata a imprensa local.

Segundo um comunicado da polícia, "grupos de criminosos encapuzados, equipados com armas de fogo, morteiros caseiros e coquetéis Molotov", que atuam no bairro da Universidade Politécnica (Upoli), "assassinaram o cidadão". Sixto Henry Viera ".

Moradores do bairro onde ocorreram os eventos disseram que grupos motorizados de homens armados patrulhando as ruas da capital à noite perseguiram um veículo e depois ouviram uma mulher gritar "Não os mate".

De acordo com testemunhas que foram entrevistadas pelo canal de televisão independente 100% Noticias, os atiradores perseguiram um táxi e o veículo de Viera, acabando por matá-lo a tiro.

O corpo do americano permaneceu deitado na estrada, perto dos veículos, que foram queimados, segundo imagens que circulam no Whatsapp e em outras redes sociais.

Lusa

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