O líder do Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE) tem agora de apresentar a composição do seu executivo e quando os nomes forem publicados no jornal oficial, o que deverá acontecer nos próximos dias.
O secretário-geral do PSOE prescindiu da presença da Bíblia e do crucifixo, símbolos tradicionais neste tipo de cerimónia, que se realizou no Palácio da Zarzuela, arredores de Madrid, residência oficial do rei.
Pedro Sánchez, um economista de 46 anos, é o primeiro chefe de Governo que chega ao poder depois ter ganho uma moção de censura, que afastou o líder do Partido Popular (PP, direita), Mariano Rajoy.
O Congresso dos Deputados (Parlamento) aprovou na sexta-feira por 180 votos a favor e 169 contra a moção de censura que afastou o Governo de direita liderado por Mariano Rajoy e, ao mesmo tempo, investiu o novo primeiro-ministro e líder do Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE).
Apesar de apenas ter 84 dos 350 deputados do Parlamento espanhol, os socialistas conseguiram reunir o apoio de um total de 180 votos, que incluem os representantes do Unidos Podemos (Extrema-esquerda, 67), a Esquerda Republicana da Catalunha (ERC, separatistas, nove), o Partido Democrático e Europeu da Catalunha (PDeCAT, separatistas, oito), o Partido Nacionalista Basco (PNV, cinco),o Compromís (nacionalistas valencianos, quatro), o EH Bildu (separatista basco, dois), e a Nueva Canarias (nacionalista, um).
Pedro Sánchez vai formar um Governo minoritário com ministros socialistas e independentes e o apoio parlamentar das restantes sete forças políticos, com muitos observadores a terem dúvidas sobre a estabilidade do novo executivo. A atual legislatura iniciou-se com as eleições de 26 de junho de 2016 e terminará quatro anos depois, em 2018.
Com Lusa