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Inquérito sobre assassínio de Marielle Franco está quase terminado

O inquérito sobre o assassínio da vereadora brasileira Marielle Franco está quase terminado, afirmou esta quinta-feira o ministro da Segurança Pública brasileiro ao 'site' Uol, perto de dois meses após o crime que chocou o Brasil.

Jose Cabezas

"A investigação está em fase de conclusão. Acredito que em breve teremos resultados", declarou Raul Jungmann, algumas horas antes de uma reconstituição do assassínio.Marielle Franco, vereadora do Rio de Janeiro e envolvida na luta contra o racismo, a homofobia e a violência policial, foi morta no dia 14 de março com quatro tiros na cabeça, aos 38 anos.

O carro onde se encontrava ficou cravado de balas e o seu motorista foi igualmente abatido.

A sua morte causou emoção no Brasil e fora dele, mas ainda não foi detido nenhum suspeito.Na quarta-feira, o jornal O Globo divulgou que uma testemunha que colabora com as investigações da polícia sobre o assassínio acusou um outro vereador e um membro de uma milícia de planearem o crime.

Jungmann confirmou ao Uol que os dois indivíduos em questão "estão sob investigação".

Segundo O Globo, a testemunha explicou que o vereador Marcello Siciliano e o ex-polícia militar Orlando Oliveira de Araújo queriam matar Marielle Franco para conter o avanço de ações comunitárias que ela desenvolvia em áreas de interesse da milícia na Zona Oeste da cidade do Rio de Janeiro.

O vereador Marcello Siciliano disse ao jornal O Globo que o relato da testemunha citada era uma mentira e que ele não conhecia o ex-polícia Orlando Oliveira de Araújo, já condenado e preso por chefiar uma milícia.

A polícia tem prevista para hoje à noite uma reconstituição do assassínio no local do crime, perto do centro do Rio de Janeiro.

"Durante a reconstituição, poderão ser disparados tiros em alguns lugares (...) É por isso que o acesso de peões e de veículos será bloqueado em toda a área", explicou a polícia local num comunicado.

Lusa

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