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Mahmud Abbas reeleito presidente do Comité Executivo da OLP

O presidente palestiniano, Mahmud Abbas, foi reeleito presidente do Comité Executivo da Organização para a Libertação da Palestina, após quatro dias de reuniões do Comité Nacional Palestiniano boicotadas pelo Hamas e pela Jhiad Islâmica.

Majdi Mohammed

O novo Comité Executivo não foi eleito por votação. Foi escolhido com base nas consultas realizadas junto das várias fações da Organização para a Libertação da Palestina (OLP), que participaram nas reuniões.

"Os membros do Comité Executivo da OLP realizaram consultas entre si e decidiram eleger o irmão Abu Mazen (Abbas) presidente do Comité Executivo", disse Azam al Ahmad, um dos oito elementos recentemente eleitos e que integram o organismo formado por 15 políticos, referiu a agência de notícias palestiniana Wafa.

A continuidade de Abbas, 82 anos, pelo Comité Nacional Palestiniano (CNP) encarregado de eleger os membros do Comité Executivo da OLP (responsável pelas decisões políticas) foi decidida durante a madrugada.

Vários adversários de Abbas foram forçados a abandonar o Comité Executivo da OLP por não terem sido reeleitos, entre os quais, Yaser Abed Rabo e o ex-primeiro-ministro da Autoridade Nacional Palestiniana, Ahmed Qurei.

O CNP foi convocado por Abbas pela primeira vez em 22 anos - sem reunir todos os membros - para definir uma estratégia política no sentido de responder ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que decidiu reconhecer Jerusalém como capital de Israel.

As reuniões ficaram marcadas pelo discurso de abertura de Abbas, na segunda-feira, e que provocou reações de Israel, da União Europeia e das Nações Unidas que criticaram o caráter antissemita da sessão que deu início aos encontros que terminaram hoje.

Apesar dos boicotes, Abbas deixou o caminho aberto a fações como a Frente Popular para a Libertação da Palestina para que recupere um dos três lugares que ainda se encontram disponíveis no quadro do comité.

Abbas convidou o Hamas e a Al Fatah a participarem "caso venham a aceitar a unidade nacional e a OLP", informou, entretanto, a estação de rádio Kan.

O Hamas e a Jhiad Islâmica, assim como alguns elementos da própria OLP, não participaram nos encontros.

Com Lusa

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