A autoria do homicídio em 14 de março da carismática vereadora da cidade do Rio de Janeiro de 38 anos, oriunda de uma favela e fortemente comprometida contra o racismo, a violência policial e a favor das minorias, não foi, até hoje, descoberto, apesar das promessas do governo brasileiro.
"A sociedade precisa de saber quem matou Marielle e por que razão. Todos os dias que passam não há resposta", afirmou Jurema Werneck, diretora executiva da Amnistia Internacional no Brasil, em comunicado.
"O Estado deve garantir que uma investigação aprofundada aconteça e que aqueles" que cometeram o crime, tanto como os patrocinadores do homicídio, "serão identificados. Caso contrário, a mensagem será de que os defensores dos direitos humanos podem ser assassinados e o crime ficar impune", acrescentou a Amnistia Internacional.
"O Brasil é um dos países onde mais se matam defensores dos direitos humanos", afirmou a organização, recordando que, no ano passado, pelo menos 58 foram vítimas de homicídio.
Além disso, o Brasil também é o país onde a esmagadora maioria dos homicídios fica impune, segundo a Amnistia Internacional.
Lusa