Harvey Weistein enfrenta dezenas de acusações de alegados abusos sexuais e o procurador-geral de Nova Iorque defende que a produtora violou vários direitos humanos, expondo os seus trabalhadores a abusos e ameaças. Para o estado, era obrigação da empresa ter defendido os seus funcionários das investidas do produtor.
Em reação ao processo, o advogado de Harvey Weinstein garante que "uma investigação justa" mostraria que muitas das alegações são falsas. Já o conselho de administração da produtora limitou-se a comentar o "desapontamento" que sentem pelas "incorrecções" proferidas durante as investigações.
O processo foi aberto contra a produtora, Harvey Weinstein e o irmão, Robert, co-fundador da "The Weinstein Company". O estado quer que as alegadas vítimas do produtor sejam indemnizadas monetariamente, não tendo sido definido qualquer montante para tal.
Weinstein é acusado de ter abusado e assediado várias funcionárias durante anos, e o processo surge após quatro meses de investigações.
As acusações
Ameaças de morte, exigência de favores sexuais em troca de benefícios no trabalho e insultos são algumas das acusações contra o produtor de Hollywood. Weinstein pedia ainda aos seus motoristas que transportassem sempre no carro "preservativos e injecções para a disfunção eréctil".
O advogado de Weinstein afirma que, quando o processo terminar, "será claro que Weinstein promoveu a carreira de muitas mulheres", acreditando ainda que o seu cliente "não cometeu qualquer crime".
À luz dos recentes acontecimentos, Weinstein foi removido do conselho de administração, estando a ser alvo de investigação pela polícia do Reino Unido e Estados Unidos. O produtor admitiu que os seus atos poderão ter "causado muita dor", mas continua a defender que algumas das alegações são falsas.