Seis meses depois de ser condenado a nove anos e seis meses de prisão por corrupção e branqueamento de capitais, Lula da Silva regressa a tribunal num caso em que foi acusado de receber como suborno da empreiteira OAS um apartamento de luxo na cidade brasileira de Guarujá.
O recurso contra a sentença de primeira instância decretada em julho pelo juiz Sério Moro em Curitiba está agora a ser analisada pelo Tribunal Regional da 4.ª Região de Porto Alegre.
Segundo informações divulgadas pelo jornal Folha de S.Paulo, o processo contra Lula da Silva teve tramitação recorde e entrou na fase final de julgamento em menos tempo do que todos os outros recursos da Operação Lava Jato que tramitam na justiça brasileira.
O ex-chefe de Estado brasileiro depende desta decisão para saber se poderá ou não ser candidato nas próximas eleições presidenciais do Brasil em 2018, uma vez que se a sentença for confirmada não poderá concorrer a nenhum cargo eletivo.
Além disso, Lula da Silva também correrá o risco de ser preso porque o Supremo Tribunal Federal (STF) do Brasil determinou que um condenado pode ir para a cadeia sem esperar o resultado de outros recursos judiciais após uma condenação em segunda instância.