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Cientistas investigam asteróide interstelar em busca de tecnologia extraterrestre

Há vida para além da Terra? É essa a questão que um grupo de cientistas quer responder com um projeto financiado por um milionário russo. A iniciativa que procura provas de vida inteligente fora da Terra vai começar a analisar o primeiro asteróide interestelar conhecido, para tentar encontrar sinais de uma possível tecnologia alienígena.

European Southern Observatory/M. Kornmesser

SIC Notícias

Com um formato singular, o asteróide foi detetado no dia 19 de outubro deste ano, numa trajetória em direção ao sol, e é conhecido por Oumuamua.

Segundo a BBC, as propriedades do objeto sugerem que é originário de uma outra estrela, sendo assim o primeiro asteróide de fora do Sistema Solar a ser identificado no nosso cosmos.

A iniciativa é financiada pelo milionário russo Yuri Milner e pretende usar um radiotelescópio, um aparelho que serve para captar as ondas radioelétricas emitidas pelos astros.

De acordo com o site inglês, uma equipa de investigadores começou a observar esta quarta-feira o Oumuamua, que está agora a afastar-se do Sistema Solar. A primeira etapa da investigação deverá durar pelo menos 10 horas e tem lugar no Observatório de Green Bank, no estado norte-americano de West Virgínia, onde se encontra o maior radiotelescópio do mundo.

Apesar dos investigadores admitirem que, por enquanto, ainda não evidências concretas de que o objeto possa ajudar a identificar sinais de vida extraterrestre, acreditam que o asteróide será uma boa oportunidade para o projeto fazer "descobertas sem precedentes".

"Independentemente de o objeto ser artificial ou natural, é um alvo muito bom para o Breakthrough Listen (nome do projeto)", disse o diretor do Centro de Investigação de Berkeley SETI, Andrew Siemon, ao jornal inglês.

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