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Mostra o dedo do meio a Trump e é despedida

Uma norte-americana não pensou que mostrar o dedo do meio a Donald Trump e à sua comitiva lhe traria problemas. Contudo, o momento foi captado e publicado na internet, onde se tornou viral, e o gesto acabou por valer a Juli Briskman o despedimento.

A norte-americana de 50 anos estava a andar de bicicleta em Sterling, no estado norte-americano da Virgínia, quando passou pelo Presidente norte-americano e a sua comitiva, de carro e a caminho de um campo de golfe.

"O que me passou pela cabeça naquele dia foi: Asério? Vais jogar golfe outra vez?", disse a gestora de Marketing ao The Washington Post.

Juli Briskman admitiu que, durante o passeio de bicicleta, estava a pensar na devastação de Porto Rico, nos jovens imigrantes trazidos em crianças para os Estados Unidos da América e que agora podem ser deportados, nas mortes em Las Vegas e nos seus amigos diplomatas preocupados com a sua segurança no trabalho.

"Eu estava a pensar nisto tudo quando vi os carros pretos e virem e lembrei-me: Claro, ele está de volta ao campo de golfe."

Quando a comitiva passou, a mulher não pensou que o seu gesto com o dedo do meio seria capturada pelo fotógrafo Brendan Smialowski, a trabalhar para a agência France-Presse e a Getty Images.

A fotografia foi publicada na internet e rapidamente se tornou viral.

Questionada pelos amigos se eram mesmo ela, a mulher respondeu que sim. "Não é engraçado?", perguntou aos amigos, citada pelo jornal norte-americano. Juli Briskman gostou tanto da fotografia que publicou no Facebook e no Twitter, inconsciente que isso lhe poderia trazer problemas.

No entanto, o dono do estúdio de Yoga onde dava aulas em part-time pediu-lhe que retirasse a imagem das redes sociais e começou também a receber ameaças através do email.

Para prevenir os chefes do seu emprego, na empresa Akima, a mulher contou que era ela naquela fotografia e, para sua surpresa, no dia 31 de outubro foi despedida. Apesar de não estar a trabalhar na altura que a fotografia foi tirada, os chefes alegaram que o despedimento era o motivo do seu "pouco profissionalismo".

"Eu nem estava a trabalhar quando fiz aquilo", desabafou ao The Washington Post. "Mas eles disseram que eu violei o código de conduta da empresa."

A mãe de duas jovens não se arrepende do gesto. "Faria outra vez."

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