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Sindicato da polícia catalã queixa-se de abuso de poder

O sindicato dos Mossos d´Esquadra (polícia catalã) insurgiu-se contra o diretor por instaurar "uma situação de emergência", sem ter em conta os direitos laborais dos agentes, que cumprem turnos de 12 horas quando não têm "nada que fazer".

Enrique Calvo/ Reuters

A queixa da União Sindical da Polícia Autónoma da Catalunha (USPAC), apresentada nos julgados de instrução de Barcelona, dirige-se expressamente contra Pere Soler e também contra "aquelas pessoas que podem ser responsáveis pelos factos", entre os quais a estrutura sindical adverte que pode estar o comissário responsável pelos Mossos, Josep Lluís Trapero.


No documento apresentado, destaca-se que os Mossos têm o direito de não alterar a planificação dos efetivos se não houver necessidade e só podem ser todos mobilizados quando for declarada situação de emergência.


Entre outras questões, a união sindical denuncia que, face ao referendo pela independência da Catalunha, convocado para domingo e suspenso pelo Tribunal Constitucional, se alterou a planificação dos horários a alguns agentes e ocorrem situações em certas regiões policiais "em que há 20 patrulhas a dar voltas em horários de 12 horas sem qualquer instrução, nem qualquer ordem, nem nada para fazer".


"Desta maneira, tenta-se justificar o injustificável para que o comissário não seja delegado a um segundo plano por falta de atuação policial, abusando da situação de necessária obediência que devem ter todos os efetivos do corpo", lê-se na queixa.


O Governo da Comunidade Autónoma da Catalunha convocou para domingo um referendo sobre a autonomia da região, que o Estado espanhol considera ser ilegal e está a fazer tudo para que não se realize.

Lusa

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