Rohani, que discursava na Assembleia-Geral da ONU, considerou que a "retórica de ódio" e as "acusações ridículas e sem fundamento" do Presidente dos EUA vão contra os princípios das Nações Unidas.
"Nós não enganámos ninguém, não fomos desonestos", disse o Presidente do Irão relativamente ao acordo nuclear de 2015, acrescentando que o seu país "responderá com determinação" a qualquer violação do mesmo.
"Seria uma pena se o acordo fosse destruído por novos bandidos na política internacional", disse Rohani, referindo-se a Donald Trump.
Estas declarações surgem depois de o Presidente dos EUA ter dito, durante a sua intervenção na mesma sessão, que o acordo nuclear do Irão é "uma vergonha".
"O acordo pertence à comunidade internacional e não a um ou dois países", sublinhou Rohani.
Para o Presidente do Irão, "ao quebrar os seus compromissos internacionais, a nova administração dos EUA está a destruir a sua própria credibilidade e a minar a sua confiança internacional".
O acordo foi assinado em 14 de julho de 2015, em Viena, entre o Irão e seis grandes potências (Estados Unidos, Grã-Bretanha, Rússia, China, França e Alemanha), após 12 anos de negociações difíceis e prevê o levantamento progressivo das sanções internacionais contra o Irão, que em troca deve limitar ao uso civil o seu programa nuclear.
Lusa