Segundo a agência noticiosa norte-americana Associated Press, que cita registos judiciais de 2011 e 2012, a advogada Natalia Veselnitskaya representou a unidade militar 55002, que é gerida pelo Serviço Federal de Segurança, a agência de serviços secretos russa conhecida pelas iniciais FSB e que sucedeu ao KGB, numa disputa legal relacionada com direitos de propriedade.
O caso acabaria por ser favorável à Agência Federal de Propriedade, que procurava recuperar um edifício que estava a ser ocupado pela unidade militar.
Durante a campanha presidencial de 2016, o filho mais velho do atual Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump Jr., o seu genro, Jared Kushner, e o então diretor de campanha de Donald Trump, Paul Manafort, reuniram-se em junho com Natalia Veselnitskaya sob o alegado pressuposto que a advogada russa teria informações que poderiam comprometer a rival política e candidata presidencial democrata Hillary Clinton.
Veselnitskaya negou ter qualquer vínculo com o governo russo, embora o homem que promoveu o encontro ter afirmado que ela tinha informações através do procurador-geral da Rússia.
Este encontro intensificou as suspeitas sobre uma eventual ingerência russa nas eleições presidenciais norte-americanas de novembro último e sobre um presumível conluio entre a Rússia e elementos da campanha presidencial de Trump.
No âmbito da investigação do dossiê russo, Jared Kushner, genro e um dos conselheiros mais próximos de Donald Trump, será ouvido na segunda-feira, à porta fechada, diante do Comité dos Serviços de Inteligência do Senado (câmara alta do Congresso norte-americano).
Donald Trump Jr. será também ouvido no Congresso, numa audição no Comité de Justiça do Senado agendada para quarta-feira, bem como o ex-diretor de campanha de Trump, Paul Manafort.
Lusa