A investigação publicada na quarta-feira na revista científica The Lancet não chega a conclusões totalmente novas, mas apresenta números mais positivos.
O estudo indica que 35% dos casos de demência está relacionado com fatores de risco perfeitamente evitáveis.
O relatório foi apresentado na Conferência da Associação Internacional de Alzheimer 2017 e indentificou nove fatores que podem contribuir para o risco de demência, como a perda de audição, o consumo de tabaco ou até mesmo, o isolamento social.
Cerca de 47 milhões de pessoas em todo o mundo sofrem de demência e os investigadorees estimam que a doença possa vir a afetar 131 milhões de pessoas em 2050.
"Embora a demência seja diagnosticada mais tarde, as mudanças no cérebro começam normalmente a desenvolverem-se alguns anos antes", disse o principal autor do estudo, Gill Livingston, da University College London, à BBC.
O estudo foi feito por uma equipa de 24 elementos que garante que o estilo de vida pode realmente evitar a doença.
Os nove fatores que contribuem para o risco de demência:
- perda de audição na meia-idade;
- não conclusão do ensino médio ;
- consumo de tabaco;
- sedentarismo;
- isolamento social;
- pressão alta;
- obesidade;
- diabetes tipo 2.
"Reduzindo os factores de risco, o potencial efeito sobre a demência é maior do que podemos imaginar que sejam os efeitos de medicamentos actuais e experimentais", explica Lon Schneider à BBC.
A equipa de investigadores diz que não teve dados suficientes para incluir a má alimentação e o consumo de ácool, mas acredita que esses hábitos também contribuam para o aparecimento da doença.