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Nove fatores que aumentam o risco de demência

Um em cada três casos de demência podia ter sido evitado sem recorrer a medicamentos. Um estudo publicado na revista científica The Lancet explica como é possível evitar a demência e quais os fatores que contribuem para a doença.

Mike Blake

A investigação publicada na quarta-feira na revista científica The Lancet não chega a conclusões totalmente novas, mas apresenta números mais positivos.

O estudo indica que 35% dos casos de demência está relacionado com fatores de risco perfeitamente evitáveis.

O relatório foi apresentado na Conferência da Associação Internacional de Alzheimer 2017 e indentificou nove fatores que podem contribuir para o risco de demência, como a perda de audição, o consumo de tabaco ou até mesmo, o isolamento social.

Cerca de 47 milhões de pessoas em todo o mundo sofrem de demência e os investigadorees estimam que a doença possa vir a afetar 131 milhões de pessoas em 2050.

"Embora a demência seja diagnosticada mais tarde, as mudanças no cérebro começam normalmente a desenvolverem-se alguns anos antes", disse o principal autor do estudo, Gill Livingston, da University College London, à BBC.

O estudo foi feito por uma equipa de 24 elementos que garante que o estilo de vida pode realmente evitar a doença.

Os nove fatores que contribuem para o risco de demência:

- perda de audição na meia-idade;
- não conclusão do ensino médio ;
- consumo de tabaco;
- sedentarismo;
- isolamento social;
- pressão alta;
- obesidade;
- diabetes tipo 2.


"Reduzindo os factores de risco, o potencial efeito sobre a demência é maior do que podemos imaginar que sejam os efeitos de medicamentos actuais e experimentais", explica Lon Schneider à BBC.

A equipa de investigadores diz que não teve dados suficientes para incluir a má alimentação e o consumo de ácool, mas acredita que esses hábitos também contribuam para o aparecimento da doença.

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