O objetivo é mesmo isolar ainda mais o Qatar que volta a ser acusado de apoiar o terrorismo islâmico e, nomeadamente a Irmandade Muçulmana que em 2014 também levou ao corte de relações diplomáticas com o Bahrein e os Emirados Árabes Unidos.
Esta rutura não é apenas simbólica, tem efeitos práticos e serve para isolar ainda mais o Qatar. Desde logo nas ligações terrestres, marítimas e aéreas a partir de agora encerradas e que terão, necessariamente, repercussões no resto do mundo.
As três companhias aéreas dos Emirados Árabes Unidos - a Emirates, a Etihad e FlyDubai anunciaram a suspensão de todos os voos de e para o Qatar, já a partir da manhã de terça.
Pouco depois, a Qatar Airways anunciava a interrupção das ligações à Arábia Saudita cuja congénere- a companhia aérea estatal saudita- devolveu a medida e decidiu deixar de voar de e para Doha.
Com a única fronteira terrestre fechada - entre a Arábia Saudita e o Qatar- a península corre o risco de ver bloqueada a importação de bens por via terrestre.
À revelia do acordo sobre a livre circulação no CCG - o Conselho de Cooperação do Golfo que inclui a Arábia Saudita, o Bahrein, os Emirados Árabes Unidos, Kuwait, Omã, Qatar- foram dados 14 dias aos visitantes ou residentes para abandonarem o Qatar.
A excepção vai para os peregrinos que podem visitar os lugares santos muçulmanos na Arábia Saudita.