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Ataques da coligação no último mês na Síria foram os mais mortíferos

Os ataques aéreos realizados pela coligação internacional dirigida por Washington na Síria entre 23 de abril e 23 de maio foram os mais mortíferos para os civis num período de um mês, foi divulgado esta terça-feira.

Sana Sana

"Entre 23 de abril e 23 de maio, os ataques aéreos da coligação causaram a morte de 225 civis, entre os quais 44 crianças e 36 mulheres, o balanço mais pesado de vítimas civis desde o início da sua intervenção na Síria a 23 de setembro de 2014", indicou o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH).

"Foi o balanço mais pesado para os civis num mês. Há uma verdadeira escalada", declarou o diretor do OSDH, Rami Abdel Rahmane.

Durante o mesmo período, foram mortos 122 jihadistas do Daesh e oito membros das forças pró-regime, adiantou.

Antes, o período mais mortífero para os civis tinha sido entre 23 de fevereiro e 23 de março deste ano, quando foram mortas 220 pessoas, precisou o OSDH.

Segundo o observatório, pelo menos 1.481 civis foram mortos nos ataques aéreos da coligação internacional desde o início da sua intervenção na Síria.

Um porta-voz militar norte-americano afirmou este mês que os ataques aéreos da coligação no Iraque e na Síria causaram a morte "por acidente" de 352 civis desde o início da campanha.

A coligação começou a atacar o grupo extremista Daesh no Iraque em agosto de 2014 e alargou as operações à Síria no mês seguinte.

Além dos ataques aéreos, forças especiais de países da coligação aconselham e ajudam grupos armados sírios e o exército iraquiano no terreno.

O Daesh é atualmente alvo de duas ofensivas contra os seus bastiões em Mossul, no Iraque, e em Raqa, na Síria, conduzidas por forças locais apoiadas pela coligação internacional, que reúne mais de 40 países.

Com Lusa

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