A profissional de saúde, Pauline Cafferkey, de 41 anos e a viver atualmente em Glasgow, quer participar numa maratona de 10 quilómetros na cidade de Makeni, no país africano, para recolher fundos para a organização humanitária Street Child, que ajuda jovens afetados pela epidemia.
Durante o programa da BBC em que participou, Pauline disse que voltar ao país onde adoeceu é "psicologicamente importante" para ela porque irá ajudá-la a ultrapassar o sofrimento por que passou nos últimos anos.
"Ali foi onde tudo começou e eu passei dois anos terríveis desde então, por isso vai ser bom regressar para que se encerre um ciclo", disse a enfermeira, e acrescentou estar "animada" com esta viagem.
A escocesa sofreu várias recaídas, chegou a estar em estado crítico e a temer pela sua vida.
Em janeiro de 2015, teve alta do Royal Free Hospital, em Londres, depois de receber um tratamento experimental antiviral a partir do plasma sanguíneo de Will Pooley, uma outra enfermeira que já tinha superado a doença.
No entanto, foi internada mais três vezes em diferentes hospitais, em outubro de 2015 e em fevereiro e outubro de 2016, devido a complicações.
Segundo dados divulgados esta quarta-feira no mesmo programa, na altura em que Pauline Cafferkey trabalhava como voluntária na Serra Leoa, a epidemia de Ébola deixou naquele país cerca de 12.000 crianças órfãs.
Lusa