"Eu acho que, provavelmente, foi parcialmente culpado. E o secretário de Estado, Tillerson, basicamente disse a mesma coisa depois de se contradizer e, em seguida, afirmou a mesma coisa exigindo vigorosamente um plano e uma estratégia", disse o senador do Arizona ao programa "Face the Nation" da televisão CBS, noticia o magazine Político.
"Como eu disse, esta ação, que apoio, foi importante", disse o senador republicando, referindo-se ao ataque norte-americano à base militar síria de Shayrat, na quinta-feira passada.
Rex Tillerson afirmou, no final de março último, que o povo sírio determinaria o destino do Presidente Bashar al-Assad.
McCain disse que a administração do Presidente Trump precisa de ter uma estratégia mais concreta para lidar com a Síria e não deve tratar os ataques com mísseis na passada quinta-feira como uma "decisão isolada", e realçou que a decisão de ir à procura de armas químicas ignora o tamanho da República Árabe da Síria.
Os Estados Unidos lançaram na passada quinta-feira 59 mísseis "Tomahawk" contra a base aérea de Shayrat, próxima de Homs, em retaliação por, supostamente, o regime do Presidente sírio, Bashar al-Assad, ter usado armas químicas contra o seu próprio povo, na cidade de Khan Sheikhoun. O ataque químico causou pelo menos 60 mortos.
McCain também rejeitou uma declaração de Tillerson, segundo a qual Washington deve dar prioridade à derrota do Daesh, na Síria, antes de tentar estabilizar o país.
O senador afirmou que os Estados Unidos devem estar preocupados com outros crimes de guerra relatados pelo regime de al-Assad, como o uso de bombas barril e os milhares de prisioneiros com fome.
"Então, há muitos crimes de guerra que estão a acontecer. E outro aspeto que eu não concordo com o secretário de Estado é que se tem que se concentrar apenas no Daesh", disse McCain.
"Podemos andar e mascar chiclete", rematou.
Lusa