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Trump deverá escolher presidente da Goldman Sachs para Conselho Económico

O presidente do Goldman Sachs, Gary Cohn, deverá ser escolhido pelo vencedor das eleições presidenciais norte-americanas para um destacado cargo com responsabilidades na economia dos EUA, avançaram esta sexta-feira vários meios de comunicação.

© Lucas Jackson / Reuters

Cohn, com 56 anos, iria liderar o Conselho Económico Nacional da Casa Branca, o que o iria obrigar a abandonar o cargo que lhe propicia 21 milhões de dólares (19,9 milhões de euros) por ano.

A possibilidade foi avançada pelo canal de televisão NBC e pela agência noticiosa AP.

Por várias vezes que, durante a campanha eleitoral, Donald Trump criticou este banco icónico de Wall Street.

Porém, com a eventual seleção de Cohn, três das principais funções do governo de Trump estariam ocupadas por pessoas com passagem pelo Goldman Sachs.

Steven Mnuchin, o nomeado para a Secretaria do Tesouro, e Steve Bannon, o principal estratego de Trump, também trabalharam no banco.

O Conselho Económico ajuda a coordenar questões internas e globais, fornecendo conselhos de política económica ao presidente e monitorizando a realização da agenda da Casa Branca através do governo.

Durante a campanha, Trump atacou repetidamente os seus rivais pelas ligações ao Goldman Sachs.

Criticou o seu opositor Ted Cruz, nas primárias republicanas, por aceitar empréstimos do banco, onde a esposa trabalha, para ajudar a pagar a sua campanha para o Senado do Estado do Texas em 2012.

E censurou Hillary Clinton por aceitar somas avultadas pelos seus discursos a quadros do Goldman Sachs e por não revelar o que disse aos banqueiros.

"Eu conheço os tipos do Goldman Sachs", afirmou Trump durante um comício no Estado da Carolina do Sul, em fevereiro, quando estava em disputa acesa com Cruz. "Eles têm um controlo total, total, sobre ele. Tal como têm controlo total sobre Hillary Clinton", afirmou.

Trump até exibiu um vídeo do presidente executivo do banco, Lloyd Blankfein, num anúncio de campanha em que se ouvia em voz de fundo "Hillary Clinton reúne-se em segredo com banqueiros internacionais para conspirar a destruição da soberania dos EUA e enriquecer estes poderes financeiros globais, os seus especiais amigos dos interesses e os seus financiadores".

Mas Trump parece que mudou de opinião.

Em 09 de dezembro, durante um discurso em Des Moines, no Estado do Iowa, Trump disse: "Quero pessoas que fizeram fortuna, porque agora estão a negociar consigo, ok?".

Lusa

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