Mundo

Nave chinesa tripulada regressa à Terra após um mês no espaço

Dois astronautas chineses regressaram hoje à Terra, após um mês no espaço, onde viveram e trabalharam no laboratório espacial Tiangong-2, a mais longa e a sexta missão tripulada da China, simbolizando o avanço do ambicioso programa espacial chinês.

Numa manobra transmitida em direto pela televisão oficial chinesa CCTV, a nave tripulada pelos astronautas Jing Haipeng e Chen Dong tocou no solo terrestre às 14:00 (6:00 em Lisboa).

Antes de aterrar nas estepes da região da Mongólia Interior, norte da China, os dois homens permaneceram 30 dias no Tiangong-2, onde realizaram experiências científicas e preparam o funcionamento da futura estação espacial chinesa.

Pequim quer pôr uma tripulação permanente no espaço até 2022, que está prevista operar ao longo de pelo menos uma década.

O sucesso da missão "indica que o nosso programa espacial alcançou importantes novos progressos e é o mais recente feito na construção de um país voltado para a inovação e uma potência mundial na área da ciência e tecnologia", afirmou numa mensagem o Comité Central do Partido Comunista Chinês.

"É o mais recente feito do povo chinês ao trepar ao topo do mundo", refere a letra, lida pelo vice-primeiro-ministro Zhao Gaoli, desde o centro de controlo, em Pequim.

Desde que colocou a primeira missão tripulado no espaço, há 13 anos, a China lançou duas estações espaciais, aterrou uma sonda em solo lunar e está agora a planear enviar uma missão tripulada à Lua.

A construção das estações espaciais Tiangong tem como objetivo final colocar uma sonda em Marte até ao final da década.

A China foi excluída da Estação Espacial Internacional (EEI), com base sobretudo em legislação dos Estados Unidos da América, que proíbe a cooperação com o país, e preocupações sobre o caráter militar do programa chinês.

Pequim procura agora internacionalizar o seu próprio programa, financiando outros países para que realizem missões até ao Tiangong 2, que quando estiver completo terá um peso de 60 toneladas, bem menos do que a estação da EEI, que tem 420 toneladas.

Lusa

Últimas