"Apresentaram a resolução sabendo que não ia passar, [fizeram-no] para incitar um veto", disse Putin numa conferência em Moscovo.
"Porquê? Para inflamar a situação e aumentar a histeria em relação à Rússia", acrescentou.
O Presidente russo acusou mesmo o ministro dos Negócios Estrangeiros francês, Jean-Marc Ayrault, de não cumprir as promessas que fez quando visitou Moscovo na semana passada, ignorar as propostas russas para a resolução e "culpar a Rússia de todos os pecados mortais" na Síria.
Putin sugeriu que, com esta atitude, França "fez o jogo" dos Estados Unidos, que precisam da histeria em relação à Rússia russa na campanha presidencial: "Isto é especialmente valioso nas condições da campanha pré-eleitoral", disse.
"Não sei se corresponde aos interesses dos países europeus, mas servir a política externa, ou mesmo o interesse político interno de um aliado, neste caso os Estados Unidos, será esse o papel de um Estado sério que se gaba de ter uma política externa independente e se considera um grande país?", questionou.
A tensão diplomática criada pelo veto russo à resolução pedindo a suspensão de bombardeamentos a Alepo apresentada no sábado por Paris culminou na terça-feira com o cancelamento de uma visita de Vladimir Putin a Paris há muito prevista.
Lusa