"Gostaria de apelar a todos os nossos amigos para tomarem as medidas necessárias contra a Organização Terrorista Fethullah (FETO) nos seus países, pelo futuro dos seus próprios povos e do seu bem-estar", declarou na Assembleia-Geral da ONU, em Nova Iorque, referindo-se ao movimento de Gulen.
O clérigo, que fugiu da Turquia para a Pensilvânia e tem trabalhado nas áreas do diálogo inter-religioso e da solidariedade, rejeita de forma contundente as acusações de Erdogan de que terá organizado a tentativa de golpe militar de julho, que rapidamente foi abafada.
O chefe de Estado turco, que levou a cabo uma purga de seguidores de Gulen nas escolas e nas forças armadas enquanto endurecia o regime, disse nas Nações Unidas que o movimento do religioso está presente em 170 países, representando uma "ameaça à segurança nacional" de todos eles.
"Esta organização terrorista alimenta a profunda heresia mental de subjugar todo o mundo, muito além da Turquia. É evidente, pela nossa experiência, que se não lutarem contra a FETO agora, amanhã será demasiado tarde", comentou, referindo-se ao grupo através de um acrónimo.
Erdogan tem pressionado os Estados Unidos para extraditarem Gulen. O vice-Presidente norte-americano, Joe Biden, disse, numa visita à Turquia, que os especialistas legais e os tribunais precisariam de analisar as provas contra o clérigo.
Lusa