"Não se trata de terrorismo, foi uma ação individual de uma pessoa psicologicamente instável", disse à imprensa um responsável do Ministério dos Negócios Estrangeiros cipriota, Alexandros Zenon.
O sequestrador, que se entregou à polícia depois de seis horas de crise no aeroporto internacional de Larnaca, no sul de Chipre, envergava um cinto que afirmou conter explosivos, mas a polícia não encontrou explosivos no aparelho nem no pirata do ar.
Depois de se render, o suspeito, que foi identificado pelas autoridades egípcias como Seif Eldin Mustapha, foi revistado e interrogado durante mais de uma hora pela polícia que, em seguida, fez buscas no aparelho com a ajuda de cães-polícia.
Mustapha desviou hoje para Chipre um Airbus A-320 da EgyptAir, que fazia a ligação entre Alexandria, no norte do Egito, e o Cairo, com 55 passageiros a bordo.
Após a aterragem em Larnaca, às 7:50 locais (5:50 em Lisboa), o sequestrador deixou sair a maioria dos passageiros, mas manteve sete reféns: o comandante, o co-piloto, uma hospedeira, um segurança da companhia aérea e três passageiros.
O impasse manteve-se até ao princípio da tarde quando, minutos depois de quatro desses reféns abandonarem o aparelho, um dos quais pela janela do cockpit, o pirata do ar saiu para a pista e se entregou à polícia.
VÍDEO: Filme dos acontecimenbtos durante o desvio do avião da Egypt Air
Passageiros e tripulação estão todos "sãos e salvos", anunciaram a companhia, o ministro da Aviação Civil egípcio, Sherif Fathy, e as autoridades cipriotas.
Durante o sequestro em Larnaca, uma porta-voz da polícia cipriota, Nicoletta Tirimou, disse que "o pirata do ar entregou uma carta em árabe à polícia" e pediu para ver a ex-companheira, de nacionalidade cipriota.
Fontes egípcias adiantaram por seu lado que o suspeito teria pedido para falar com representantes da União Europeia porque queria ser "transferido para outro país".
Com Lusa