Depois de ter entrado no pretório, um ginásio da prisão de Skien, no sul da Noruega, transformado para a audiência, Breivik voltou-se por instantes para os jornalistas e, em seguida, estendeu o braço direito, sem pronunciar uma única palavra, segundo a agência noticiosa AFP.
Breivik acusa o Estado de tratamento desumano e degradante na prisão. Compara as condições em que vive com "tortura".
Desde que foi condenado a 21 anos de prisão -- prorrogáveis de forma indefinida - em 2012, Breivik, de 37 anos, tem estado num estabelecimento de segurança máxima. Primeiro, na prisão de Ila, a oeste de Oslo, e agora em Skien, ao sul da capital.
Segundo o seu advogado, Breivik tem estado "muito stressado devido ao seu isolamento".
"Uma das coisas que ele fazia na prisão era estudar e agora parou. Sinto que isso é um sinal de que o isolamento tem sido negativo para a sua saúde psicológica", declarou.
As autoridades dizem que a sua correspondência é censurada para evitar que crie uma "rede extremista". Quem o visita são sobretudo profissionais de saúde.
Em setembro do ano passado, Breivik ameaçou fazer uma greve de fome, como protesto. Diz que as "condições hostis" em que vive forçaram-no a desistir de um curso de Ciência Política na Universidade de Oslo.
A cela de Breivik tem uma televisão e um computador, mas sem acesso à Internet. Breivik queixa-se que a cela tem uma decoração pobre e não tem vista, diz que o café que lhe dão é frio, que tem pouca manteiga para pôr no pão e que não lhe dão creme hidratante.