"Um das reivindicações que tem sido feita pelas famílias prende-se com o uso de tecnologias nas bucas. Eles referem, por exemplo, e especialistas [internacionais] também, o uso de 'drones' e de uma tecnologia que permite detetar cavidades na terra", indicou o subprocurador de Direitos Humanos, Eber Omar Betanzos, em conferência de imprensa.
Estes elementos "vão ser usados por parte da Procuradoria-Geral da República nas ações de busca que lhe competem", disse.
Eber Omar Betanzos explicou que os 'drones' (aeronaves não tripuladas), solicitados pela Procuradoria, se encontram prontos a ser usados.
Por outro lado, indicou que, na passada terça-feira, se reuniu com Carlos Beristain, do Grupo Interdisciplinar de Especialistas Independentes designado pela Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) para colaborar nas investigações do caso, e com Omar Gómez, secretário-executivo do mesmo grupo.
O objetivo do encontro foi estabelecer as bases do plano de trabalho que vai ser desenrolado com o grupo durante o meio ano de extensão do seu mandato no México, explicou Eber Omar Betanzos.
Enfatizou que independentemente de o prazo vir a ser prorrogado, a Procuradoria vai continuar a investigar. "E, com isto, quero também mencionar que o facto de a prorrogação ser de seis meses não significa necessariamente que a investigação termine em seis meses".
A CIDH anunciou, esta quinta-feira, que o grupo de especialistas selecionado para investigar o desaparecimento dos 43 estudantes da escola de professores de Ayotzinapa, no município de Iguala, estado de Guerrero, continuará a trabalhar no caso até 30 de abril de 2016, um período passível de ser estendido.
Na noite de 26 de setembro de 2014, e após violentos incidentes que provocaram seis mortos entre os jovens, os estudantes de uma escola do magistério primário foram entregues por polícias a membros do grupo com ligações ao narcotráfico Guerreros Unidos, que supostamente os assassinaram e incineraram, ao tomá-los por membros de um 'gang' rival.
Lusa