Segundo a agência France Press, que cita as autoridades italianas, estão a ser montadas tendas no cais do porto de Palermo para prestar um primeiro auxílio aos sobreviventes, maioritariamente homens.
"Muitas pessoas morreram", afirmou à agência Lusa Regina Catrambone, que juntamente com o marido gere a organização não-governamental Migrant Offshore Aid Station, que opera um navio que participa na ajuda às embarcações com migrantes.
"Estávamos a 50 milhas náuticas (cerca de 93 quilómetros) da zona, por isso não fomos o navio identificado para realizar o salvamento", em que participaram "três navios governamentais, dois italianos e um irlandês", e "uma embarcação dos Médicos sem Fronteiras".
Regina Catrambone acrescentou que a sua embarcação chegou "muito mais tarde", tendo imediatamente lançado 'drones' (aviões não tripulados) para tentar localizar as "muitas pessoas desaparecidas".
"Fala-se de 600 mortos, quase confirmados, e 200 desaparecidos", salientou.
Segundo a mesma fonte, além dos sobreviventes transportados pela marinha irlandesa, também um navio da marinha italiana está a transportar náufragos para Palermo.
Lusa