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Papa em visita de 10 horas à Albânia, considerada de alto risco

Segurança reforçada na Albânia com a presença do Papa Francisco. Uma visita de apenas 10 horas, considerada de risco, mesmo depois de o Vaticano ter negado que Francisco tenha sido ameaçado de morte pelos jihadistas do Estado Islâmico.

O Papa Francisco elogiou hoje, em Tirana, a  convivência pacífica entre as religiões que coexistem na Albânia, afirmando  ainda que "ninguém pode usar Deus como escudo" quando realiza atos de terrorismo. 

Jorge Bergoglio fez estas declarações no palácio presidencial, onde  foi recebido pelo chefe de Estado albanês, Bujar Nishani, depois de sua  chegada a Tirana, para uma breve visita de onze horas.

"Que ninguém pense que pode utilizar Deus como escudo quando projeta  e realiza atos de violência e abusos. Que ninguém tome a religião como pretexto  para as próprias ações, contrárias à dignidade do homem e aos seus direitos  fundamentais, principalmente a vida e a liberdade religiosa de todos", afirmou  Francisco.  

  
 Segundo o papa, o que acontece na Albânia demonstra que a convivência  pacífica e frutífera entre pessoas e comunidades que pertencem a religiões  distintas não só é desejável, mas também possível e realizável de modo concreto. 
  
    Este é um "bem precioso" que, segundo o papa, "adquire uma relevância  especial neste tempo em que, por parte dos grupos extremistas, desvirtua-se  o autêntico sentido religioso".   
  
    Francisco prestou homenagem aos católicos que foram assassinados durante  o período comunista na Albânia, um país que, "depois do inverno de isolamento  e perseguições, chegou por fim a primavera da liberdade", com eleições livres  e novas estruturas institucionais.  
  
    No entanto, segundo o papa, agora aparecem novos desafios que necessitam  de respostas e, "num mundo que tende à globalização económica e cultural,  é necessário esforçar-se para que o crescimento e o desenvolvimento estejam  a disposição de todos e não só de uma parte da população".  
  
    "O desenvolvimento não será autêntico se não é também sustentável e  `ecuo, quer dizer, se não tem em conta os direitos dos pobres e não respeita  o ambiente", disse.  
  
    Seguindo a linha das suas intervenções anteriores, nos países que já  visitou, o papa reforçou a necessidade de responder à globalização dos mercados  com uma "globalização da solidariedade".  
  
      
Com Lusa

 

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