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Ministro da Defesa da Malásia em Moscovo para discutir acidente do MH17

O ministro da Defesa da Malásia chegou hoje a Moscovo para conversações sobre o acidente do MH17, um dia depois da divulgação do relatório preliminar sobre o Boeing da Malaysia Airlines que caiu Ucrânia com 298 pessoas a bordo.

"Acabado de chegar a Moscovo: mais um longo dia de reencontros", escreveu  Hishammuddin Hussein na sua conta no Twitter. 

O ministro da Defesa malaio vai reunir-se com o seu homólogo russo,  Sergei Shoigu, e altos quadros da diplomacia russa, disse uma porta-voz  da embaixada da Malásia em Moscovo. 

"Esta visita vai durar menos de um dia", afirmou a mesma responsável,  em declarações à agência AFP sob a condição de anonimato. 

Hishammuddin Hussein, que esteve em Kiev na terça-feira, deverá seguir  depois de Moscovo para Amesterdão, segundo a mesma fonte. 

Segundo um relatório preliminar do acidente, divulgado na terça-feira  na Holanda, o avião da Malaysia Airlines, que se despenhou na Ucrânia, partiu-se  em vários bocados durante o voo depois de ter sido atingido por numerosos  objetos a alta velocidade. 

"O voo MH17, operado pela Malaysia Airlines, partiu-se no ar, provavelmente  em resultado de danos estruturais causados por um grande número de objetos  de alta energia que penetraram o avião vindos do exterior", lê-se no relatório  sobre o desastre que matou 298 pessoas, a maioria das quais de nacionalidade  holandesa. 

O documento de 34 páginas, divulgado quase dois meses depois de o voo  MH17 ter caído na Ucrânia, também afirma que o Boeing 777-200 estava em  boas condições para voar, era operado por uma "tripulação qualificada e  experiente" e "não havia problemas técnicos". 

O Boeing explodiu no ar por cima da Ucrânia quando fazia a ligação entre  Amsterdão e Kuala Lumpur no dia 17 de julho, matando todos os passageiros  e tripulantes, dos quais 193 holandeses. 

Kiev e as principais potências ocidentais acusaram os separatistas pró-russos  de terem abatido o avião com um míssil fornecido por Moscovo, mas o Governo  de Vladimir Putin nega qualquer envolvimento direto e culpa as forças governamentais  pelo ataque. 

 

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