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Cento e setenta imigrantes desaparecidos ao largo de Tripoli 

As forças de segurança marítima da Líbia anunciaram  hoje que estão à procura de 170 imigrantes ilegais, provenientes da zona  subsariana de África, após o naufrágio do barco onde seguiam, ao largo da  costa de Tripoli. 

© Ibraheem Abu Mustafa / Reuter

"Estamos à procura de 170 passageiros africanos num barco de madeira  que naufragou na área de Guarakouzi", localidade a cerca de 60 quilómetros  de Tripoli, disse Abdellatif Mohamed Ibrahim, oficial da guarda-costeira  líbia. 

Aquele responsável acrescentou terem encontrado "os restos de um barco  de madeira que teve 200 imigrantes a bordo", a alguns quilómetros da costa.

"Conseguimos salvar 16 pessoas e resgatar 15 corpos, pelo que as buscas  continuam à procura dos restantes 170 passageiros que desapareceram no mar",  concluiu Ibrahim. 

A guarda-costeira líbia não conseguiu fornecer mais pormenores acerca  da nacionalidade das vítimas mas identificou, entre as vítimas ou sobreviventes,  indivíduos provenientes da Somália e da Eritreia. 

As autoridades marítimas definem como maior dificuldade a falta de meios,  como é o caso da disponibilização de uma única embarcação na procura dos  desaparecidos. 

Este não é um episódio isolado. Durante a semana, pescadores tunisinos  resgataram 75 imigrantes que se encontravam à deriva no mar há cinco dias,  após terem partido da Líbia em embarcações insufláveis. 

No início do mês, a guarda-costeira tunisina também tinha intercetado  90 imigrantes africanos, depois de o barco em que seguiam ter avariado.

No passado dia 12, a agência europeia de fronteiras (Frontex), alertou  para a subida de 500% no número de imigrantes, chegados a Itália desde o  início do ano. 

Segundo a mesma agência, cerca de 78.000 pessoas chegaram à União Europeia  através do oceano Atlântico, ultrapassando o recorde registado em 2011,  durante a chamada Primavera Árabe. 

"A Líbia está muito instável neste momento, o que significa um crescimento  a pique das redes de tráfico humano", destacou Izabella Cooper, porta-voz  da Frontex. 

Lusa

 

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