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Mais de 180.000 mortos em três anos de guerra na Síra

Mais de 180.000 pessoas morreram, nos últimos  três anos, na guerra civil na Síria, indica hoje um novo balanço do Observatório  Sírio dos Direitos Humanos (OSDH).  

"Desde que a primeira vítima da revolução síria foi registada, a 18  de março de 2011, na província de Deraa, foram contados 180.215 mortos",  anunciou a organização não-governamental (ONG), com sede em Londres.  

Entre os mortos contam-se 58.805 civis, incluindo 9.428 crianças e 6.036  mulheres, de acordo com o balanço referente às vítimas registadas até quarta-feira.

O maior número de mortos, 66.365, foi registado entre as fileiras do  exército regular sírio e das milícias pró-regime, enquanto do lado dos rebeldes  contam-se 49.699 mortos, incluindo combatentes do grupo radical Estado Islâmico  (EI).  

A ONG não apresentou um balanço separado para rebeldes e combatentes  do EI, antigos aliados na luta contra Damasco, atualmente inimigos.  

Entre as vítimas rebeldes registam-se 16.855 estrangeiros.  

Do lado pró-regime, a ONG contabilizou 40.438 soldados do exército sírio,  25.927 elementos de milícias apoiantes do presidente Bashar al-Assad, 561  combatentes do movimento xiita Hezbollah e 1.854 outros estrangeiros que  lutam entre as fileiras do regime.  

Ao todo, 2.931 vítimas não puderam ser identificadas, disse o OSDH,  sublinhando que o número de vítimas dos dois lados é provavelmente mais  elevado.  

Documentar as mortes é muito difícil "uma vez que os dois lados em conflito  tentam esconder as perdas reais", explicou a ONG, que se apoia numa rede  de militantes e fontes médicas e militares no terreno.  

O conflito, que dura há três anos na Síria, obrigou perto de metade  da população de 22 milhões a fugir de casa.  

 

Lusa

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