A polícia apreendeu três armas, na posse de pessoas que participavam na primeira manifestação pacífica, nos últimos dez dias, afirmou o capitão da polícia Ron Johnson, responsável pelas operações de manutenção da ordem.
Já no final do protesto, iniciado na terça-feira à noite, e que decorria de forma pacífica, os manifestantes atiraram garrafas de água e urina contra a polícia, levando à intervenção dos agentes, disse.
"À 1:00 locais tínhamos detido 47 pessoas", acrescentou, em conferência de imprensa.
Johnson sublinhou que, ao contrário de um protesto na segunda-feira à noite, os manifestantes não dispararam contra a polícia e os agentes evitaram usar granadas de gás lacrimogéneo para dispersar a concentração.
"Hoje, assistimos a uma dinâmica diferente", afirmou.
A 9 de agosto, um agente da polícia, identificado como Darren Wilson, abateu a tiro Michael Brown, de 18 anos. Testemunhas do incidente disseram à imprensa local que Brown e um amigo caminhavam pelo meio de uma rua, quando a polícia os mandou parar.
De acordo com a edição de segunda-feira do jornal New York Times, a autópsia realizada pelas autoridades locais indicou que Brown foi atingido por seis tiros.
O Procurador-geral dos Estados Unidos, Eric Holder, ordenou uma segunda autópsia, federal, "devido às circunstâncias extraordinárias em torno do caso e ao pedido da família de Brown" e prometeu uma investigação transparente, completa, justa e independente.
Os protestos e a violência começaram no dia a seguir, quando grandes grupos de pessoas realizaram uma vigília no local o jovem foi morto.
Uma semana depois, o governador do estado, Jay Nixon, decretou o estado de emergência e o recolher obrigatório para proteger a população.
Lusa