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Manifestação pacífica em Ferguson termina com 47 detenções

A polícia norte-americana anunciou hoje ter detido 47 pessoas, durante a noite, em Ferguson, no estado do Missouri, palco há uma dezena de dias de confrontos desencadeados pela morte de um jovem negro, abatido por um polícia branco.

© Adrees Latif / Reuters

A polícia apreendeu três armas, na posse de pessoas que participavam  na primeira manifestação pacífica, nos últimos dez dias, afirmou o capitão  da polícia Ron Johnson, responsável pelas operações de manutenção da ordem. 

Já no final do protesto, iniciado na terça-feira à noite, e que decorria  de forma pacífica, os manifestantes atiraram garrafas de água e urina contra  a polícia, levando à intervenção dos agentes, disse.   
  
"À 1:00 locais tínhamos detido 47 pessoas", acrescentou, em conferência  de imprensa.   
  
Johnson sublinhou que, ao contrário de um protesto na segunda-feira  à noite, os manifestantes não dispararam contra a polícia e os agentes evitaram  usar granadas de gás lacrimogéneo para dispersar a concentração.   
  
"Hoje, assistimos a uma dinâmica diferente", afirmou.   
  
A 9 de agosto, um agente da polícia, identificado como Darren Wilson,  abateu a tiro Michael Brown, de 18 anos. Testemunhas do incidente disseram  à imprensa local que Brown e um amigo caminhavam pelo meio de uma rua, quando  a polícia os mandou parar.   
  
De acordo com a edição de segunda-feira do jornal New York Times, a  autópsia realizada pelas autoridades locais indicou que Brown foi atingido  por seis tiros.   
  
O Procurador-geral dos Estados Unidos, Eric Holder, ordenou uma segunda  autópsia, federal, "devido às circunstâncias extraordinárias em torno do  caso e ao pedido da família de Brown" e prometeu uma investigação transparente,  completa, justa e independente.   
  
Os protestos e a violência começaram no dia a seguir, quando grandes  grupos de pessoas realizaram uma vigília no local o jovem foi morto.   
  
Uma semana depois, o governador do estado, Jay Nixon, decretou o estado  de emergência e o recolher obrigatório para proteger a população.   
  
Lusa

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